Quem foi o grande vencedor do Prêmio da Música Brasileira?
De cara, eu já te respondo: Foi a M-Ú-S-I-CA!
Que
noite memorável! Noite essa que atingiu e superou todas as expectativas dos
amantes da grande e boa música produzida em nosso país. Música essa que nos
orgulha e nos faz enxergarmos de onde viemos e para onde queremos ir. Que nos
faz ver que a nossa história é calcada em muita dor, superação, mas,
principalmente, muito amor. Muito amor pelo que fazemos, e a música é um grande
exemplo disso. A Música Popular Brasileira retrata em suas letras e canções, um
povo guerreiro, lutador e que não desiste jamais, mesmo diante de todas as
crises e percalços que a vida, incansavelmente, nos dará de presente. Mesmo que
pareça clichê (mas não é), o que nos difere dos demais povos – sem parecer
superiores ou medíocres – é a forma que encaramos a vida: com garra, mas com
leveza. Com guerra, mas com paz. Com armas. Sim, armas! Utilizamos a nossa
principal arma: a ESPERANÇA NUM FUTURO MELHOR, dia após dia. Essa é a grande
verdade! (“Eita povo danado de bom!”, como se diz aqui em minhas terras).
Ney Matogrosso (Foto: Alice Venturi) |
Porém,
ainda temos outros tantos pontos que não podemos deixar de citar sobre essa
noite inesquecível, que reuniu, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, os
principais nomes da nossa música e admiradores da cultura nacional, em uma
grande celebração. Passaram por esse palco secular nomes como Chico Buarque, Ivete
Sangalo, Lenine, Alice Caymmi, Laila Garin, Pedro Luis, Karol Conka, Trio
Madeira Brasil, BaianaSystem e o grande homenageado, Ney Matogrosso, além de
dois nomes da arte brasileira, Zélia Duncan e Maitê Proença. Ambas admiradas
por suas trajetórias, representaram bem a voz de nosso povo, mas não posso esquecer
de dizer que Maitê deixou a desejar por sua condução, um tanto que, por vezes,
dispersa e impessoal. Vindo dela, dessa grande atriz, poderíamos esperar mais,
não é mesmo?!
Mas,
vamos voltar aos pontos especiais dessa noite tão heterogênea e igualitária ao
mesmo tempo. Podemos ver 35 categorias sendo premiadas e diversos artistas
sendo agraciados pelo público e pelos especialistas, por ricos trabalhos, de
destaque e de continuidade da nossa cultura, o que é o mais importante de tudo.
Por isso volto a dizer: o #PMB28 não foi unicamente um prêmio formal, mas sim,
a reafirmação da valorização de um povo, que em meio à crise – de todos os
níveis e escalões da sociedade civil democrática – se viu tendo motivos para
celebrar. Motivos esses mais do quê justos, diga-se de passagem.
Ney Matogrosso (Foto: Alice Venturi) |
E
foi esse mesmo povo, e essa mesma música, que fez o Prêmio da Música Brasileira
acontecer, pois sem recurso nenhum, enfrentou todas as dificuldades e ‘fez
acontecer’, como costumamos fazer em nosso dia a dia. José Maurício Machline,
ou carinhosamente chamado Zé Maurício, é o idealizador desse importante prêmio
e um amante da cultura brasileira, que dedicou 30 anos de sua vida à música, à televisão,
ao teatro e à literatura, e mesmo diante de todas as controvérsias e um país
mergulhado no caos social, econômico, político e democrático, enfrentou de
cabeça erguida, e emocionado, transbordou sua alma no palco e superou o
insuperável. Grande homem! E isso só foi capaz porque ele ama o que faz. (sei
bem como é isso!).
Ney Matogrosso e Zé Maurício (Foto: Alice Venturi) |
Enfim,
o 28º Prêmio da Música Brasileira ficou na memória. Foi lindo, admirável e
grandioso, no sentindo mais íntimo que podemos dizer, pois ali ele falou a voz
de todos os artistas, premiados ou não, mas que acreditam em seus sonhos, e
ainda mais, um povo que acredita que uma nação só consegue ser uma grande nação
valorizando suas raízes. E foi isso que esse evento nos mostrou, e que com
isso, consigamos nos reabastecer daquilo que nos preenche, que nos orgulha e
nos faz enxergar que somos bem mais fortes juntos. Viva à Música Popular
Brasileira. Viva ao Brasil!
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