“Carnaval Multicultural ADZ, Frevo e Khrystal” acontece neste sábado (22), no Ateliê Elioenai Gomes
Com o intuito de
oferecer à sociedade paraibana, assim como aos turistas que visitam a cultura
da região, uma oportunidade de vivenciar uma prévia carnavalesca multicultural,
calcada nos ritmos tradicionais, como o frevo, o maracatu, o coco de roda, o
samba, que embalam a maior festa da cultura popular - o Carnaval, a banda
paraibana Abrad’ Os Zóio (ADZ) e a artista natalense Khrystal promovem o evento
que nasceu de uma bela parceria e amizade, o Carnaval Multicultural – ADZ, Frevo e Khrystal, no dia 22 de
fevereiro, a partir das 20h, num ambiente que emana arte, história e cultura, o
Ateliê Multicultural Elioenai Gomes. Os ingressos estão sendo vendidos antecipadamente
ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), nas Lojas Furtacor (Shopping
Tambiá, Mag Shopping e Shopping Sul), no Slow Hostel (Manaíra) e na Livraria
Nobel (Shopping Tambiá), e no local do evento, com o preço promocional de R$ 25
(inteira) e R$ 15 (meia).
Abrad' Os Zóio (Foto: Sônia Belizário) |
A banda Abrad’
Os Zóio buscou para esse evento, mostrar toda a sua bagagem artístico-musical,
para que o público paraibano conheça o conceito do grupo, que é algo ainda
singular no Estado. Em seu repertório, poderemos encontrar os maiores sucessos
do seu primeiro álbum autoral, o CD Cidade das Neves, que foi lançado no
mês de agosto do último ano, na Usina Cultural Energisa, além de releituras de
clássicos da música brasileira, calcadas no conceito fidedigno do seu
funk-rock-oxente.
Já Khrystal lançará,
durante o “Carnaval Multicultural”, o seu novo trabalho Dois Tempos, que enfatiza
a sensibilidade autoral e temas do cotidiano, ligados às tradições da Música
Popular Brasileira sob a ótica contemporânea, tão bem expressada e vista pelo
público brasileiro recentemente, durante sua participação no programa global
The Voice Brasil.
O Carnaval Multicultural ADZ, Frevo e Khrystal
vem para abordar as mais diversas manifestações artísticas, a fim de contemplar
e celebrar a maior festa da cultura popular brasileira. Além da ADZ e Khrystal,
a programação contará com uma intervenção cênica da atriz paraibana Raquel
Ferreira e muito frevo para embalar essa noite memorável para João Pessoa e o
seu carnaval tradicional.
Intrépida
Raquel Ferreira (Foto: Wênio Pinheiro) |
Com o objetivo de resgatar a
cultura popular genuinamente paraibana, dando destaque ao sagrado e ao profano,
embalados pelo culto à Jurema e o folguedo do Caboclinho, característicos de
nosso Estado, Intrépida é uma performance criada por Hélder Nóbrega,
interpretada pela atriz Raquel Ferreira, e que faz uma homenagem à Cultura
Popular da Paraíba e sua capital, João Pessoa.
O título da intervenção cênica faz
menção ao brasão da bandeira da capital paraibana ‘Intrépida desde o Início’, e
utiliza as cores-símbolos da cidade, como o verde, remetendo à sua origem às
margens do Rio Sanhauá, além do status de terceira cidade mais verde do mundo,
assim como o laranja que nos lembra o pôr-do-sol e sua localidade, como ponto
mais oriental das Américas, e utiliza ainda como elementos representativos o
algodão colorido, a madeira e o coco, nos lembrando o artesanato, tão
respeitado como marca do nosso Estado, e a dança característica de nossa terra,
o coco de roda. Além disso, conta com fragmentos de músicas de Jackson do Pandeiro,
recitados pela atriz Raquel Ferreira, que em sua construção cênica faz
homenagens aos antigos carnavais de bairro, como “Ala Ursa” e o “Caboclinho”, que
ganhou destaque em vários outros carnavais pelo nosso país.
Raquel Ferreira é atriz paraibana
de teatro e cinema, graduanda do curso de Artes Cênicas da UFPB, na atualidade é
pesquisadora da TV UFPB, integrante do ‘Grupo Bigorna’ e do ‘Escambo - O Ator
em Cena’. Já Hélder Nóbrega é multiartista graduando em Cinema e Audiovisual
pela UFPB, faz parte dos grupos de pesquisa teatral ‘Semente Contemporânea’ e ‘Escambo
- O Ator em Cena’, onde desenvolve vários trabalhos nas artes integradas.
Khrystal
Khrystal (Foto: Giovanna Hakcradt) |
Multi-artista que dedica sua carreira à música há mais
de 20 anos, natural de Natal (RN), aprendeu
em casa a gostar de música. Aos 17 anos, já cantava em bares da “Cidade do
Sol”. Em 2004, começou uma pesquisa para um trabalho que resultou no show O coco do Brasil. Desse show, foram
extraídas as seis faixas da sua primeira demo – Meia Dúzia ou Seis (2005) que tornou-se um possível disco de
carreira. Em 2006, juntou-se a quatro cantores/compositores -
Luiz Gadelha, Simona Talma, Ângela Castro e Valéria Oliveira - formando o Projeto Retrovisor, que tinha como
finalidade incentivar a produção autoral entre eles e apresentá-la ao público.
Em 2007, o CD Pra que serve a música foi
o resultado dessa produção que passou por diversos pontos culturais de Natal e
chegou até Mossoró, Fortaleza e Ribeirão Preto.
Ainda nesse ano, Khrystal
lançou seu primeiro CD chamado Coisa de
Preto, sendo este uma declaração de amor à raiz e à antena da música
brasileira. Para divulgar esse trabalho, saiu em sua primeira turnê, onde
percorreu mais de cem cidades brasileiras, incluindo Rio de Janeiro e São
Paulo. Em 2008, fez minitemporada de quatro shows na Europa (Lisboa) e ainda
experimentou as artes cênicas, atuando no filme Luneta do Tempo, no qual foi convidada pelo cantor Alceu Valença e
pelo diretor Walter Carvalho. Em 2010, estreou o show experimental O Trem - com foco nas canções autorais –
e que foi exibido em vários pontos de Natal e numa mini turnê que incluiu
Fortaleza, Maceió e Rio de Janeiro. Foi desse show que saiu o repertório do
segundo disco de sua carreira, Dois
Tempos.
Khrystal (Foto: Giovanna Hakcradt) |
Dois Tempos – o número dois
de sua carreira, enfatiza a produção autoral, e vem sob a direção musical do guitarrista,
compositor e produtor Ricardo Baya, além da companhia dos músicos Paulo de
Oliveira (baixo), Paulo Eduardo (teclado e sanfona), Darlan Marley (bateria) e
Kleber Moreira (percussão). Em seu show homônimo, Khrystal declara que “esse é
mais pessoal que o primeiro e menos saudosista também. Fala de cotidiano e de sentimentos
que não mudam, mesmo diante de um mundo em constante transformação como o amor,
a coragem, a autoestima, a natureza. Tem um jeito mais leve de dizer as coisas
sem deixar de falar do que incomoda.” Ela exibe com maior amplitude sua face
compositora, amadurecida ao longo do tempo nesse seu mais recente trabalho.
A canção que leva o nome do álbum, num samba gingado, sumariza o
conceito central do disco, e Khrystal declara: “Quando fiz a música e usei o
termo, fui movida pelo vício de linguagem do meu lugar (Natal/RN), onde a
expressão ʻdois temposʼ quer dizer ʻrapidinhoʼ, ʻligeiroʼ, além do fato do
disco ter apenas 48 minutos. Por outro lado, faz um contraponto com a coisa de
eu ter passado cinco anos sem gravar. Demora essa, por uma série de fatores,
entre eles, eu não gostar de estúdio”.
“A música fala do Brasil, dessa mistura que somos
nós. De botar guitarra nos gêneros tradicionais como o coco e ʻsalgarʼ o
negócio”, contextualiza, por fim, a artista.
Abrad’ Os Zóio
Abrad' Os Zóio (Foto: Sônia Belizário) |
A ADZ nasceu em 2011, de uma forma um tanto que
despretensiosa, e foi agregando aos poucos os seus componentes, até alcançar
sua atual formação - Yuri Carvalho, Relações Públicas por formação e atuante na
música desde a juventude, por meio do Coral Paraibano Voz Ativa (vocal), Pedro
Medeiros, licenciado em Música e educador multi-instrumentista (Direção musical
e guitarrista), Temy Vicente, atuante na música desde os anos 2000
(contrabaixo), George Glauber, mestre em música e educador musical (bateria) e
Lucas Dan, bacharel em música e especialista em acordeom (teclado, percussão e
sanfona).
O primeiro
trabalho autoral foi financiado pelo Fundo Municipal de Cultura - FMC,
promovido pela Fundação Cultural de João Pessoa – Funjope e tem as “bênçãos”
artísticas da madrinha do grupo (se assim podemos dizer), Cátia de França, que
faz um belo texto de apresentação no CD, e afirma, “essa irreverência, essa
coragem de pular sem rede de segurança, dá a esses jovens, peculiar digital na
música que se faz hoje na Paraíba. Preparem o coração e os pés para dançar
muito. Esse CD vem para ganhar o MUNDO”.
“Esse trabalho
tem característica singular, e vai de encontro a tudo que a Indústria Cultural
defende e propaga. Sendo assim, sensível há uma demanda de público ansioso por
um estilo diferente, por identidade própria e, quem sabe, um novo cenário da
música local”, defende Yuri Carvalho, vocalista da Abrad’Os Zóio, pois é um
trabalho rebuscado para os olhos e ouvidos.
Abrad' Os Zóio (Foto: Sônia Belizário) |
Cidade
das Neves
– Presente no seleto grupo de melhores discos paraibanos do ano de 2013,
segundo o Jornal Correio da Paraíba, numa sonoridade impar, numa busca
incessante pela qualidade vocal e por toda uma sensibilidade musical que faz o
ouvinte se sentir embalado por essa bela homenagem à cidade que os viu nascer,
os criou e que está abrindo os braços para receber a mais nova MPB – Música
Paraibana Bacana, a Abrad’ Os Zóio tem enquanto proposta nesse trabalho, levar
o Funk-Rock-Oxente, uma mistura de ritmos num caldeirão efervescente, para
todos os povos, disseminando assim, a diversidade cultural. Um som feito em
louvor à cultura e às raízes paraibanas para o grande público, enaltecendo os
nossos signos culturais, o nosso coco de roda, as nossas figuras sociais que
fomentam a cultura do Estado, assim como unir o melhor do Rock, Funk, com a
música regional, o Baião, o Maracatu, o Samba-groove e as várias nuances da
grande MPB. Como principais influências sonoras e poéticas, a banda leva na
bagagem trabalhos de artistas como a madrinha da banda - Cátia de França -, Djavan,
Lenine, Rita Lee, O Rappa, Zeca Baleiro, Belchior, Vital Farias, Chico César,
Pedro Osmar e diversos artistas paraibanos.
“A ADZ surgiu da
necessidade de se fazer música com uma identificação pessoal dos integrantes,
que buscou nas raízes intimistas, um encontro entre o trabalho e o prazer”,
afirma o vocalista, Yuri Carvalho.
Mais informações:
Abrad’ Os Zóio (ADZ)
Anne Fernandes (Produção e
Assessoria)
Fone: (83) 8806-0165
O Ateliê Elioenai Gomes fica
localizado na Rua Ladeira da Borborema, nº 101, Varadouro.
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