Projeto Casa de Bamba, do Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, apresenta “Os Bambas da Parahyba” neste sábado (07)

Tendo enquanto objetivo promover a integração daqueles que apreciam e fazem cultura, apresentando como cenário o nosso Centro Histórico, um ambiente que inspira e transpira cultura e artes, é que o Projeto Casa de Bamba ano III, do Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, lança o grupo de samba de raiz Os Bambas da Parahyba, que chega com a proposta de acolhimento, integração e intercâmbio entre intérpretes e grupos locais em torno do resgate à memória dos bambas do samba regional e nacional, onde a cada versão do projeto homenageará um bamba diferente. E o escolhido dessa edição é o grande mestre do samba, o bamba Cartola, que será interpretado pelos Os Bambas da Parahyba e a cantora paraibana Cida Alves. Além das homenagens, o show traz um repertório variado de músicas já consagradas pelo público, e ainda as autorais desses artistas paraibanos. Será nesse sábado, 07 de dezembro, com entrada franqueada ao público, a partir das 17h, com o DJ Ben Lucas, e logo em seguida o samba de mesa marca presença na programação.

Os Bambas da Parahyba
Os Bambas da Parahyba (Foto: Thercles Silva)
Tendo enquanto ponto de disseminação um espaço destinado ao fazer artístico, contribuindo assim pela melhor qualidade de vida utilizando a arte como ferramenta principal no processo educativo e de expansão do ser humano, Os Bambas da Parahyba surgiu “a partir da necessidade de vivenciar uma relação mais fluida com os amantes do samba e contribuir de forma legitima para o fomento cultural, além de dar visibilidade e fortalecimento aos sambistas locais”, afirma o produtor cultural, gestor do Ateliê Multicultural e idealizador do projeto, Elioenai Gomes.
Então, oito amigos, oito amantes do samba se unem em torno do projeto Casa de Bamba para ovacionar o melhor das manifestações da cultura popular brasileira, representando todo um povo por meio do seu ritmo, do batuque, dos acordes. 
Os Bambas da Parahyba tem enquanto objetivo levar a sua música, o melhor do samba, para todos, calcado nas raízes do samba – o samba como tem que ser -, o samba construído pelos amantes do samba, que difundem suas raízes e a sua paixão por esse segmento da música, que é vista e sentida enquanto escolha de vida, como religião, como identidade de um povo, fomentando assim “a integração, o fortalecimento e a visibilidade de nossos artistas ‘parahybanos’”, declara Elioenai Gomes.

O Bamba Homenageado

Cartola (Foto: Divulgação)
Nascido Angenor de Oliveira, Cartola foi um cantor, compositor, poeta e violonista brasileiro. Tem como maiores sucessos, as músicas As Rosas Não Falam e O Mundo é um Moinho, sendo assim, considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira. Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça e outros bambas, e assim se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba. O apelido “Cartola” foi dado pelos colegas de trabalho, devido ao uso de um chapéu-coco e que virou sua marca registrada.
Junto com um grupo de amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba, Chega de Demanda. Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Sílvio Caldas.
Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo e sua carreira tomou impulso de novo com clássicos instantâneos como As Rosas Não Falam, O Mundo é um Moinho, Acontece, O Sol Nascerá (com Elton Medeiros), Quem me vê sorrindo (com Carlos Cachaça), Cordas de Aço, Alvorada e Alegria.

E para homenagear o bamba Cartola, Os Bambas da Parahyba convida para dividir o palco a cantora paraibana que difunde os clássicos do samba nacional e compositores paraibanos em seu repertório e que possui vasta experiência no mundo do samba, Cida Alves.
Cida Alves (Foto: Divulgação)
Cida Alves nasceu na Bahia, mas adotou a Paraíba como sua terra. Entrou no mundo da música aos dez anos, quando teve seu primeiro contato com o violão, desde então não parou mais. Com repertório cuidadoso, Cida tem como essência no seu trabalho a exploração das músicas como instrumento de emotividade. Busca aproveitar todo o potencial cênico que o samba tem para oferecer, o fazendo com zelo, e acima de tudo, paixão e força feminina.
A emoção de cada música é cuidadosamente trabalhada, lapidada a seu modo, mas também com influência de grandes cantoras como Elis Regina, Elza Soares, Clara Nunes entre outras. Com uma voz aguda e afinada, Cida tem o dom da interpretação, característica que desenvolveu nos palcos e foi aperfeiçoada com sensibilidade e técnica. Já se apresentou em vários espaços na capital paraibana, a exemplo do Festival Mulheres Cantam Mulheres e Circuito Cultural das Praças (Sesc), com música autoral e também do repertório de diversos compositores e compositoras brasileiras.
Cida declara, “levo o público a celebrar nossa maior expressão brasileira: o amor pela música na alegria do Samba”, e assim se firma enquanto uma das maiores fomentadoras dessa expressão cultural em nossa região.


O PROJETO
Idealizado e realizado pelo artista plástico, produtor e fomentador cultural, além de ser amante confesso do samba, Elioenai Gomes [Nai Gomes] lança no ano de 2011o arranjo criativo Casa de Bamba, sendo este um projeto cultural periódico de samba de mesa com grupos que defendem esse ritmo no Estado, assim como de outras partes do país, num eterno intercâmbio cultural.
Em 2013 vivencia sua 3ª temporada, onde já tem em sua bagagem mais de vinte edições, que acontece sempre aos sábados, buscando levar às ruas do Varadouro e difundir o que há de melhor em samba de raiz, proporcionando um encontro intimista entre artistas e amantes da boa música ‘parahybana’ em um clima agradável e de interação sociocultural. O ambiente nos proporciona relaxamento e deslumbramento com as nossas riquezas culturais, em especial no Varadouro, bairro que carrega na sua história a contribuição na criação da cidade de João Pessoa, otimizando assim, o desejo de todos pela revitalização do Centro Histórico de maneira humanizada, respeitando os cidadãos, a cultura produzida na cidade e ainda, a contribuição na consolidação do conceito desse bairro enquanto corredor cultural.

              Além do Casa de Bamba, o Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, que é uma instituição civil, coletiva e apartidária, desenvolve ações educativas e socioculturais centradas na revitalização humana dos moradores do Centro Histórico da capital “parahybana”, conta com outras propostas de ampliação das atividades e inclusão de outros segmentos artísticos.
Hoje conta em seu calendário de eventos culturais fixos o Baile de Máscaras, Cortejo de Tambores, Bloco Folião de Ladeira Abaixo, Bailes Afro, Luz de Candeeiro, Celebrando o Coco de Roda da Paraíba, Mostra Multiteatral, Auto dos Orixás, Cortejo Multicultural e o Projeto Pôr do Sol Multicultural, contemplando assim as Artes Visuais, a Produção Cultural, o Turismo, os Direitos Humanos, a Educação, a Cidadania, a Inclusão, a Música, a Dança, o Audiovisual, as Artes Cênicas, a Literatura, a Saúde, a Cultura Popular, a Capoeira, a Diversidade de gênero e sexualidade, fortalecendo o intercâmbio cultural pleno e banhado da mais singular diversidade cultural.


O Ateliê Multicultural Elioenai Gomes fica localizado na Ladeira da Borborema, nº 101, Varadouro, João Pessoa – PB. Próximo à Catedral Nossa Senhora das Neves.
Mais informações: (83) 8806-0165 | (83) 8730-9629 | (83) 8804--786

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