A Secretaria Municipal de Cultura de Areia abre inscrições para a “Oficina de Teatro” com Márcio Marciano, da Companhia Alfenim
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Márcio Marciano (Tiago Queiroz) |
Trazendo na bagagem muitas conquistas por meio da cultura,
das Artes Cênicas, e da sua brilhante experiência à frente da Companhia do
Latão, de São Paulo, Márcio Marciano,
hoje desenvolvendo um trabalho aprofundado de pesquisas históricas e diretor da
Companhia Alfenim Coletivo de Teatro,
na capital paraibana, ministrará a Oficina
de Teatro, nos dias 16, 17 e 18 de setembro, a partir das 19h, no Mercado
da Cultura, na cativante cidade de Areia. As inscrições já estão abertas e
podem ser feitas gratuitamente na Secretaria Municipal de Cultura, localizada
no Solar José Rufino.
Márcio Marciano, depois de dez anos, se despede enquanto diretor da Companhia
do Latão, um dos mais celebrados coletivos do País, e se firma em João Pessoa
devido a decisões pessoais e a fim de promover mais intercâmbio com a cultura
já desenvolvida na região, onde tem ótimas parcerias, a exemplo da cumplicidade
com o Centro Cultural Piollin, que juntos criaram a Lapada, uma rede que une e promove a circulação de companhias do
Nordeste do país. Hoje, à frente da Companhia Alfenim Coletivo de Teatro,
acrescenta a seu histórico os espetáculos Milagre
Brasileiro e Quebra-Quilos. Nestes
busca trazer cenas e situações de devoção a questões históricas e políticas, merecendo
total destaque.
Quebra-Quilos
Peça de estreia da trupe, descortina uma espontânea revolução popular
que começou na Paraíba e se espraiou por Pernambuco e pelo Rio Grande do Norte.
Obscuro e pouco conhecido, o episódio antecedeu a revolta de Antônio
Conselheiro, mas, assim como no caso de Canudos, teve seus integrantes
dizimados pelas forças do governo. "É um assunto banido da história oficial.
Pareceu um tema oportuno para introduzir a criação por meio do processo
colaborativo, que ainda é algo incipiente em nosso âmbito", comenta
Marciano, que enxerga no espetáculo uma estrutura semelhante à das primeiras
produções do Latão, como Santa Joana dos Matadouros.
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Espetáculo "Milagre Brasileiro" (Foto: Divulgação) |
Milagre Brasileiro
Nesse espetáculo, as luzes recaem sobre um momento mais recente da
história do País, o regime militar. Buscou
uma proposta menos tributária da dramaturgia épica clássica. Sem personagens ou
um enredo linear, ele alça a primeiro plano a figura do desaparecido político e
abre mão da cena realista. "Senti que havia espaço para uma pegada mais
radicalizada. O realismo me levaria inevitavelmente a cair no melodrama.",
conclui o diretor Márcio Marciano.
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Espetáculo "O Deus da Fortuna" (Foto: Divulgação) |
O Deus da Fortuna
Esse espetáculo trata-se de uma parábola sobre
o Capital em seu estágio global de volatilização. Narra a história de um
proprietário de terras na longínqua China Imperial. Afundado em dívidas em virtude
da crise da produção do arroz e da seda, o Senhor Wang, manda erguer um altar
em honra de Zao Gong Ming, o Deus da Fortuna, com a intenção de se salvar da
falência. Porém as oferendas são inúteis e o proprietário vê-se obrigado a
vender a própria filha a seu credor, como forma de amortização da dívida.
Em meio aos rituais do matrimônio, o Deus surge à
sua frente e lhe desvenda o futuro, com a condição de que seja erguido o grande
Templo da Fortuna. O proprietário deixará as formas primitivas de acumulação do
capital para dedicar-se à especulação e aprenderá “como o ouro se transforma em
pura aparência”.
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informações: www.areia.pb.gov.br ou pelo e-mail secultareia@gmail.com
Fonte: Secretaria Municipal de Cultura de Areia - Sheyla Costa
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